Sou suspeito para falar, mas saber como escrever um e-book é, de longe, a estratégia mais assertiva do marketing de conteúdo. Não que outras estratégias não tenham resultados, mas é que cada uma delas tem seu propósito.
Enquanto o blog serve para aumentar a sua relevância e presença de marca, a newsletter estreita o relacionamento com os clientes. E o e-book?
Ele é o que posso chamar de “sangue pulsante nas veias do inbound”. É quem vai colocar a sua empresa como “A” autoridade da área. Seu lead confia tanto nisso que vai fornecer informações pessoais e da empresa para ler o que a sua marca tem a dizer – o que vai ser preciso posteriormente.
Tem noção de quanto poder você tem nas mãos? Mas só se tiver um conteúdo realmente interessante. Quanto a isso não tem o que se preocupar: vou compartilhar com você o método Cubo Amarelo de como escrever um e-book.
Alerta de spoiler: leia todo o texto, porque no final tem um roteiro prontinho para download!
1. Comece pela ideia
Mais importante que o “como escrever um e-book” é o “sobre o que falar”. E aí, qual o assunto do seu material?
Na verdade, essa é uma pergunta que não sou eu e nem você quem vai responder. O tema do seu e-book é aquele que a sua audiência quer ler. Mesmo assim, ainda há conteúdos diferentes para cada um dos tipos de leads.
Agora… como descobrir o que eles querem saber? Vai perguntar um a um? Parece um pouco trabalhoso, né?
Nessa tarefa tenho duas sugestões:
- O caminho intuitivo: Para quase todos os segmentos, já é esperado que os e-books abordem alguns assuntos:
- Uma empresa de consultoria pode oferecer reports do mercado;
- Uma fábrica de cimentos pode enviar uma cartilha de traço de concreto armado para as construtoras;
- (Agora é a hora do jabá) Uma ótima e amarela agência de marketing disponibiliza um “Guia do inbound commerce para a Black Friday 2021”.
2. O caminho técnico: Mas e quando estamos sem ideias ou não entendemos direito o que o cliente espera da gente? Isso pode acontecer, mas nem por isso você vai deixar de aprender como escrever um e-book aqui com a gente, ok?!
Com o Google Trends, além de ter algumas sugestões, você descobre o que o público quer saber naquele momento – ou seja, a chance do seu conteúdo ser relevante aumenta.
Para isso, sugiro uma pesquisa com bastante atenção na aba “assuntos relacionados” e “pesquisas relacionadas”. Olha o exemplo para uma empresa de revestimentos que procura assuntos para “porcelanato”:
Viu quantos assuntos dá para te ajudar em como escrever um e-book? Olha só:
- “5 técnicas para tirar arranhão de porcelanato”;
- “Ambientes com porcelanato que imita madeira”;
- “Prós e contras do porcelanato líquido”;
- “Qual o melhor porcelanato para áreas externas e churrasqueiras?”.
Formalize o escopo e a ação de lançamento
Parte de como escrever um e-book é fazer também os materiais que vão acompanhá-lo. Então, o lançamento desse material rico engloba como enviá-lo para toda a internet. Mas fazer isso sem um direcionamento é um desperdício de energia, porque arrisca não chegar a quem realmente interessa.
Por isso, aqui na Cubo a gente trabalha com um documento de escopo. Não é só escrever, postar nas redes sociais e pronto. É preciso de um planejamento com tudo o que precisa nesse lançamento, já com os prazos definidos para não se perder nos processos.
Para te inspirar em como escrever seu e-book e os materiais que ele engloba, vou pegar como exemplo o Mini Book de Etapas do Funil de Vendas que a Nat, nossa CMO fez. Confira a seguir!
Landing page + Thank you page
Quem está aprendendo como escrever um e-book precisa saber que uma extensão dele são essas páginas de conversão. Basicamente, a Landing Page é a página de conversão onde o cliente vai inserir os dados para receber o material rico.
Na parte de conteúdo, o que ele precisa é apresentar o material e convencer o lead a baixá-lo. Isso em uns dois ou três parágrafos, no máximo.
Já a Thank You Page é ainda mais simples: uma outra página agradecendo o download. Ela abre automaticamente após a conversão. Ela possui o link de download do material – e é bem comum conter algumas sugestões de textos complementares do blog.
E-mails
Lembra lá no começo do texto quando eu disse que todas as estratégias do inbound estão juntas? Aqui é um exemplo disso: acompanhando a tarefa de como escrever um e-book vem os e-mails convidando a lista de contatos para acessá-lo. Esse trabalho é composto por dois fluxos:
- Fluxo de pré-conversão: Um e-mail apresentando o material, outro com a pegada de “acho que você não viu o e-mail anterior, por isso estamos reforçando o recado” e um terceiro ainda mais incisivo ou simplesmente agradecendo o contato;
- Fluxo de pós-conversão: Um primeiro agradecendo pelo cliente ter convertido, o segundo com o link do material para o cliente rever sempre que precisar e um terceiro com sugestões de outros materiais relacionados – para estreitar o relacionamento e agregar mais conhecimento.
👉 A parte técnica desses envios já foi resolvida, mas além de saber como escrever um e-book, sugerimos que você também aprenda “como escrever um e-mail marketing com o método Cubo Amarelo”. A Nat mesmo já mostrou aqui como fazer isso.
Mídias sociais
O calendário de posts precisa seguir a vida útil do e-book. O que fazemos é começar no dia do lançamento do ebook, dar uma reforçada uma semana depois e seguir enquanto ele for relevante.
Mas atenção que essa vida útil é variável. Tudo vai depender se esse material é evergreen (não é datado, servindo por um bom tempo) ou se ele é específico (dicas para o natal de 2021, por exemplo).
Um e-book sobre “viagens curtas” para uma agência de turismo pode servir e ser reaproveitado para as férias de julho, dezembro ou quando tiver algum feriado prolongado. Tudo vai depender do contexto que você colocar nessa postagem.
👉 Esse blog é sobre” como escrever um e-book”, então não dá para eu me aprofundar muito sobre o texto das postagens. Mas para não te deixar na mão, vou te indicar o texto de “como fazer planejamento de conteúdo para redes sociais”, beleza? Nele há orientações e, inclusive, um modelo de briefing para download.
Blog
Essa é a hora de “amarrar” todos os braços do inbound marketing! Sabendo como escrever seu e-book e a LP, você vai converter leads para enviar materiais futuros. Mas escrevendo um blog, você vai aumentar ainda mais o alcance deste conteúdo.
Mais uma vez vou usar o material do funil de vendas como exemplo. Se uma pessoa que nem conhece a nossa agência pesquisar no Google por “funil de vendas para e-commerce”, vai encontrar o nosso texto sobre o assunto e, então, converter para receber o material.
Só que aqui é importante lembrar que o blog não é uma reprodução do e-book! Você vai utilizar o texto para instigar o leitor a baixar o material rico, dando apenas “um gostinho” do que ele pode receber no material completo.
👉 Ainda não sabe como escrever e organizar as ideias dentro de um texto para blog? No texto sobre “tipos de briefing para download e como escrever o seu” temos um briefing prontinho que vai te ajudar.
De fato, como escrever um e-book?
Tem como escrever um e-book sem planejamento? Tem sim! É só abrir o word e começar a digitar agora mesmo. Masss se vai ficar bom é outra história. Essa tarefa depende de como funcionam os processos aí na sua empresa.
Aqui na Cubo Amarelo, por exemplo, temos um head de conteúdo que escreve o briefing e o “como escrever o e-book” fica mesmo por conta do redator. Pode ser que no seu caso seja você mesmo quem vai escrever e gerenciar o job.
Mas essa é uma questão que vamos tratar depois. Neste tópico do guia, eu não vou te falar “você tem que escrever isso ou aquilo aqui”. Vamos chegar nesse ponto mais tarde, quando eu for compartilhar um modelo de roteiro para download, beleza?
Por hora, o que acho que você precisa saber são algumas orientações simples, mas que fazem toda a diferença em como escrever um e-book – coisa que só quem tem isso como rotina pode falar.
Anote aí:
- Um e-book não é um livro: é comum vermos e-book imensos, cheios de conteúdo que dão volta e não chegam a lugar nenhum. Por outro lado, temos como exemplo o nosso material do funil de vendas que já foi falado aqui: ele tem sete páginas, mas entrega tudo o que foi proposto. Então, não seja cansativo, ok?
- Tenha um briefing: Mesmo que você esteja lendo esse guia de como escrever um e-book para escrever sozinho o seu material, é importante criar um documento com os tópicos que deseja abordar. Assim evita que o material fuja do tema;
- Faça tudo no Google Docs: Assim é só compartilhar o link e todos os envolvidos vão poder alterar e fazer comentários em tempo real. Isso ajuda muito na comunicação do time;
- Deixe orientações ao seu designer: por mais que você saiba como escrever um e-book, o DA que vai fazer o layout não entende, ao certo, o que você tem em mente – mesmo orientando quais imagens utilizar. Por isso é importante utilizar a caixa “sugestões” no docs para deixar alguns recadinhos a ele. Se ele achar que não vai funcionar, te responde por lá mesmo.
Design de um e-book – Dicas do Matt
Como você deve saber, eu sou um redator, sei sobre como escrever um e-book. Agora, na parte de direção de arte, assumo que sou bem limitado. Mas não é por isso que vou deixar de te entregar um conteúdo à altura da categoria “guia completo”!
Eu puxei a minha cadeira e sentei com o Matt, um dos nossos diretores de arte, e ele me disse que os pontos mais importantes a serem levados em conta são:
- Comece pela capa: é ela quem vai dar a cara e guiar a identidade do e-book como um todo, assim como os materiais de divulgação (LP, posts, banners…);
- A diagramação é o que mais pesa: o texto precisa ser alinhado, justificado e com espaçamento padronizado entre linhas e parágrafos. É isso que separa um e-book profissional de um amador;
- Sempre crie listas: um texto corrido deixa a leitura bem mais cansativa. Se você separar dicas em bullet points com um ícone no topo, por exemplo, tudo vai ficar mais fluido;
- Exportação: Sempre em PDF e com o padrão de cores em RGB (padrão para online). Agora, se for um material a ser impresso também, deve utilizar o CMYK;
Agora que você já sabe como escrever um e-book… Espera! Não estou esquecendo nada?
Quase que eu deixo passar, mas está aqui o seu modelo padrão Cubo Amarelo de como escrever um e-book. Vale ressaltar que a gente costuma fazer em um só documento o escopo e o texto. Assim fica tudo mais organizado na cabeça do redator e também do DA.
Baixe o seu documento aqui:
Agora sim! Com essas orientações creio que você já pode dizer que sabe como escrever um e-book. Se você tem um escopo, é só seguir o que está lá e tudo vai fluir naturalmente.
Mas se me permite, posso dar só mais uma dica?
Teste tudo o que vai fazer! A Landing Page, os e-mails, os links e tudo o que for de divulgação antes de anunciar. Envie para você mesmo e seu time para certificar que está tudo certinho. E na hora de postar, teste de novo. Depois que postar, mais uma vez. Sério, pequenos erros de escrita e até bugs na configuração são bem mais comuns que parece.
Falando em conferir, o que acha de aprender também o Método Cubo de como fazer revisão de texto? Com ele tenho certeza que não vai passar nada despercebido no seu e-book, post, blog ou qualquer outro material.
Te vejo lá!